A próxima edição do projeto Zip'Up abriga a individual And listen to the wind blow, da paulistana Diana Motta. Na exposição, a artista exibe trabalhos que manifestam como a abordagem pictórica orienta sua produção visual, em pinturas com motivos femininos e referências ao universo pop. Mesmo o vídeo e a colagem inseridos na mostra têm como ponto de partida a pintura. A curadoria é de Mario Gioia, que também coordena o Zip'Up.
Nos trabalhos figurativos, a artista investiga a pertinência do autorretrato em tempos de selfies, em que a autoimagem e sua veiculação exaustiva por redes de diversos âmbitos dão a esse tipo de fotografia um novo status. Já nos abstratos, em que Diana experimenta grandes formatos que misturam tinta à óleo e spray sobre tela, as transparências de diversas matizes no campo pictórico provocam uma ideia de imersão. "Penso nas telas grandes com um cenário, um lugar para se entrar", afirma.
Sobre a artista
Diana Motta (São Paulo, 1985) tem na pintura a principal linguagem de sua produção plástica, mas esta pode se manifestar por outros meios, como o vídeo, o desenho, a fotografia, a colagem e o objeto. Principais exposições individuais: Passagens, MuBE, São Paulo, SP, 2014; Sobre O Segredo, Galeria Antônio Sibasolly, Anápolis, GO, 2014. Principais exposições coletivas: Sauna Mixta - Desapê / Residência Capacete, São Paulo, SP (2016); 47° Salão de Arte Contempôranea de Piracicaba, SP (2015); 23º Salão Curitibano de Artes Visuais, Curitiba, PR (2014); VII Salão de Artes Plásticas de São José do Rio Preto, SP (2014); IV Salão SINAP (CIA das Artes), São Paulo, SP (2014); 20 Salão de Artes Plásticas de Praia Grande, SP (2013). Prêmios: Melhor Obra do Salão IV Salão Internacional de Artes Plásticas SINAP/AIAP, São Paulo, SP, 2014.
Sobre o curador
Mario Gioia (São Paulo, 1974), curador independente, é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) e faz parte do grupo de críticos do Paço das Artes desde 2011, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Luz Vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas, além do acompanhamento crítico da coletiva Ateliê Fidalga no Paço das Artes (2010). Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de Ter lugar para ser, coletiva com 12 artistas sobre as relações entre arquitetura e artes visuais. Já fez a curadoria de exposições em cidades como Brasília (Decifrações, Espaço Ecco, 2014), Porto Alegre (Ao Sul, Paisagens, Bolsa de Arte, 2013) e Rio de Janeiro (Arcádia, CGaleria, 2016). É colaborador de periódicos de artes como Select e foi repórter e redator de artes visuais e arquitetura da Folha de S.Paulo de 2005 a 2009. Em 2016, coordena pelo sexto ano o projeto Zip'Up, na Zipper Galeria, destinado à exibição de novos artistas e projetos inéditos de curadoria.