No dia 15 de dezembro, às 14h, a Zipper Galeria promove a abertura da exposição Imagem Mi(g)rante, coletiva que reúne obras de dez artistas. No andar superior, o artista Fernando Velázquez apresenta o Projeto !wr? que discute a criação no mundo contemporâneo das artes, expondo 30 obras de artistas diferentes, entre eles, Albano Afonso, Fernando Meirelles, Lucas Bambozzi, Mariana Palma, Ricardo Ribenboim e Sandra Cinto. Ambas as exposições ficam em cartaz até 19 de janeiro.
Na grande sala da galeria, serão apresentadas obras de artistas com curadoria de Mario Gioia, que mantém mensalmente o projeto "Zip'Up" na Zipper. Para esta exposição os suportes das obras variam entre a fotografia, o vídeo, a pintura e o tridimensional, e segundo Gioia, são obras utilizadas pelos artistas para sedimentarem seu discurso artístico nestas linguagens.
Apropriações de imagens, frames de filme, registros da web, arquivos familiares, entre outros elementos, são as linguagens da exposição e consolidam a ideia do excesso de imagens e de informações no mundo contemporâneo que, reorganizadas pelas poéticas dos artistas de hoje, ressignificam o cotidiano. Participam da exposição João Castilho e Nati Canto, artistas representados pela Zipper, e também Adriana Affortunati, Ana Lucia Mariz, Fernanda Barreto, Ivan Grilo, Marcelo Amorim, Marcia Rosolia, Mariana Tassinari, Mayana Redin, Monica Tinoco e Selene Alge.
O destaque fica para a vídeo-instalação de João Castilho, Morte Súbita, que apresenta uma série de nove vídeos que exibem diferentes situações envolvendo atiradores, reféns e conflitos armados. Todas as imagens são reproduções da mídia televisiva internacional e foram posteriormente encontrados na internet pelo artista.
De acordo com João Castilho, todos os vídeos podem ser divididos em três momentos específicos: o primeiro é uma imersão em uma única cor para cada um dos vídeos em exibição. O segundo é a própria situação mostrada em câmera lenta - o drama é reforçado e instiga os espectadores. O terceiro é o evento em velocidade normal, como ocorreu e foi gravado.
Já a artista Nati Canto apresenta obras de sua nova série Reminiscências / Remanescências, que busca refletir sobre as pequenas lembranças confrontadas com a insistência do ser humano em querer ser eterno e recusar a morte. De acordo com Nati Canto, as fotografias apontam para o movimento das pessoas em eternizar essas memórias guardando objetos, souvenires e fotografias, o que na verdade para a artista, são as sobras materializadas dos momentos vividos e que não podem se repetir.