• IVAN GRILO
     
    PELAS FISSURAS DA MEMÓRIA
  • O SIMBOLISMO DE BRONZE NA PESQUISA DE IVAN GRILO

    O uso do bronze na obra de Ivan Grilo vai além de sua qualidade material e estética. Para o artista, o bronze se torna um agente de memória, um símbolo de durabilidade e permanência.

     

    Ironicamente, Grilo subverte essa ideia, utilizando o bronze para gravar frases sensíveis, que remetem à transitoriedade e à delicadeza da existência humana.

     

    • Ivan Grilo Ler, saber, agradecer , 2024 Bronze 13 x 65 cm
      Ivan Grilo
      Ler, saber, agradecer , 2024
      Bronze
      13 x 65 cm
    • Ivan Grilo Trecho de luz entre dois milagres, 2024 Bronze 13 x 50 cm
      Ivan Grilo
      Trecho de luz entre dois milagres, 2024
      Bronze
      13 x 50 cm
    • Ivan Grilo Inefável, 2024 Bronze 6 x 130 cm
      Ivan Grilo
      Inefável, 2024
      Bronze
      6 x 130 cm
    • Ivan Grilo Milagre como parte do amor, 2024 Bronze 13 x 50 cm
      Ivan Grilo
      Milagre como parte do amor, 2024
      Bronze
      13 x 50 cm
  • Ao esculpir palavras que evocam fragilidade em um material historicamente associado à perenidade, o artista cria um contraste entre o objeto e sua mensagem.

     

    Suas placas de bronze fazem refletir sobre a impermanência das verdades que nos cercam – as palavras imortalizadas no material são fragmentos de narrativas que desafiam nossa noção de imutabilidade.

  • OBRAS EM GRANDES COLEÇÕES

    I & II COLECCIÓN FUNDACIÓN ARCO - Museo CA2M | III Solomon R. Guggenheim Museum
  • O ESPIRITUAL NO MATERIAL

    Ivan Grilo, nascido em 1986, explora a simbologia presente nos silêncios e pausas, em obras que transcendem o visual e tocam em aspectos profundos e muitas vezes invisíveis da existência humana.

    O artista busca capturar o espiritual que habita o material, explorando a simbologia presente nos silêncios e nas pausas. Suas obras evocam um sentido de introspecção e contemplação, oferecendo ao público uma experiência que vai além do visual, tocando em aspectos profundos e muitas vezes invisíveis da existência humana.

  • Escrita Como Extensão de Si

    Escrita Como Extensão de Si

    A poética de Ivan Grilo é pautada pela prática da escrita, sendo a literatura um elemento basilar em seus trabalhos. Seus textos, geralmente materializados como placas de bronze, também são transformados e incorporados em sua obra, reforçando a ideia de que seu trabalho é uma extensão de si mesmo, exigindo cuidado e atenção, como se fossem parte de um ser frágil.


    A escolha de materiais e a maneira como ele os manipula, como na gravação a quente, demonstra uma preocupação com a fragilidade e os limites dos materiais, o que pode ser visto como uma metáfora para a delicadeza e vulnerabilidade humanas.

     
  • HISTÓRIAS E MEMÓRIAS ESQUECIDAS

    Ivan Grilo é profundamente interessado em explorar e recuperar histórias e memórias negligenciadas ou esquecidas, especialmente no contexto da América Latina. Sua pesquisa envolve viagens pelo Brasil e pelo mundo, onde investiga arquivos locais, museus pouco conhecidos e narrações orais, criando um tecido onde fatos, lendas e mitos se misturam.

  • CONFUNDO CÉU E MAR

  • INTERSEÇÃO ENTRE FATO E FICÇÃO

    Grilo explora a fina linha entre o fato e a ficção, propondo uma confusão intencional em suas obras. Ele combina cronologias, relatos históricos e ficções em uma narrativa não linear que reflete a complexidade da história e a dificuldade de distinguir o que é verdade do que é mito. Essa abordagem crítica desafia as hierarquias convencionais entre diferentes tipos de fontes históricas, oferecendo novas perspectivas e interpretações.

  • REFLEXÃO SOBRE O TEMPO E A TEMPORALIDADE

    A ideia de tempo e transformação é central na obra de Grilo. Ele investiga como o tempo altera, reduz ou amplia estruturas físicas e simbólicas, questionando a permanência e a impermanência das coisas. Sua pesquisa frequentemente aborda a evolução de espaços de poder e suas mutações ao longo do tempo, revelando a fragilidade e a transitoriedade daquilo que muitas vezes é considerado eterno ou imutável.

  • Ivan Grilo, Como quem solta o corpo, em queda, ato contínuo faz da dança, mãos enlaçadas, um lugar seguro, 2020

    Arquivos e Apropriação de Imagens

    Como quem solta o corpo, em queda, ato contínuo faz da dança, mãos enlaçadas, um lugar seguro, 2020

    O uso de arquivos históricos e a apropriação de imagens alheias são aspectos presentes na prática artística de Grilo. Ele intervém em fotografias encontradas em arquivos institucionais ou domésticos, adicionando camadas de significado por meio de técnicas como o vidro corroído por ácido, a escrita direta sobre o vidro e sobreposição de materiais. Essas intervenções criam novas leituras das imagens originais, muitas vezes críticas ou provocadoras.

     
    • Ivan Grilo Fazer juntos, 2023 Bronze 20 x 47 cm (20 x 13 cm cada)
      Ivan Grilo
      Fazer juntos, 2023
      Bronze
      20 x 47 cm (20 x 13 cm cada)
    • Ivan Grilo Não me foi possível dizer o que desejava, 2023 Bronze 20 x 13 cm
      Ivan Grilo
      Não me foi possível dizer o que desejava, 2023
      Bronze
      20 x 13 cm
  • INVESTIGAÇÃO ESTÉTICA E TÉCNICA

    Além de sua preocupação conceitual, Grilo possui um forte compromisso com a estética e a qualidade técnica de suas obras. Ele utiliza uma variedade de materiais, como bronze, vidro, fotografia, acrílico, vídeo e objetos encontrados, para criar peças visualmente impactantes e tecnicamente refinadas.

  • Ivan Grilo, Vamos deixando as coisas as poucos, permitindo que desapareçam, 2012

    Crítica Social e Política

    Vamos deixando as coisas as poucos, permitindo que desapareçam, 2012

    Grilo também aborda temas históricos e sociais de relevância contemporânea, como a colonização e a ditadura militar no Brasil. Seu trabalho problematiza as representações oficiais, questionando as continuidades ideológicas entre diferentes períodos da história brasileira. A dimensão política de sua obra é sutil, mas presente, utilizando a história como uma ferramenta para fazer refletir sobre as transformações da sociedade contemporânea.

     
  • CURRÍCULO

    Formação:
    Em 2007, concluiu o Bacharelado e Licenciatura em Artes Visuais pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

     

    Exposições Individuais:

    • “Aqui estou, estamos” (Galeria Luciana Caravello, Rio de Janeiro, 2020)

    • “Amanhã, logo à primeira luz” (Casa Triângulo, São Paulo, 2019)

    • “Escribe una carta de amor” (Mana Contemporary + The55project, Miami, 2018)

    • “Eu quero ver” (Casa Triângulo, São Paulo, 2015)

    • “Quando cai o céu” (Centro Cultural São Paulo, 2014)

    • “Quase/Acervo” (Museu da República, Rio de Janeiro, 2013)

    • “Ninguém” (Paço das Artes, USP, São Paulo, 2011)

    Participou também do Projeto Cofre com “Estudo para medir forças” (Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, 2015).

     

    Exposições Coletivas:

    • “La Jonamérica en las colecciones CA2M y Fundación ARCO”, curadoria de Manuel Segade (Sala Alcalá 31, Madrid)

    • “En Construcción” (MUNTREF - Museo de Artes Visuales, Buenos Aires, Argentina)

    • “Quem não luta tá morto – Arte, Democracia e Utopia”, curadoria de Moacir dos Anjos (Museu de Arte do Rio)

    • “Il coltello nella carne”, curadoria de Jacopo Crivelli Visconti e Diego Sileo (PAC – Padiglione d’arte contemporanea di Milano, 2018)

    • Exposição itinerante do Prêmio Marcantonio Vilaça, com curadoria de Josué Mattos: “Verzuim Braziel” (RJ/CE/GO)

    • “Lugares do Delírio”, curadoria de Tania Rivera (SESC Pompeia, São Paulo)

     

    Participou da BIENALSUR – Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul em 2017, e da exposição “Avenida Paulista”, curadoria de Adriano Pedrosa e Tomás Toledo, no MASP - Museu de Arte de São Paulo, em 2016. Outras exposições importantes incluem “A cor do Brasil”, curadoria de Paulo Herkenhoff e Marcelo Campos (Museu de Arte do Rio), e “Tempos Difíceis”, curadoria de Pablo León de la Barra (Casa França-Brasil, 2015).

     

    Prêmios:

    • XII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2012)

    • PROAC Artes Visuais – Governo do Estado de São Paulo (2013)

    • Prêmio illy sustainArt – SP/Arte (2015)

    • Prêmio Foco Bradesco ArtRio (2016)

    • Prêmio Fundação Marcos Amaro – SP/Arte (2017)

    Foi indicado ao Prêmio PIPA (2012, 2014 e 2017) e foi finalista do XI Premio illy en ARCOmadrid (2018).

     

    Publicações e Residências Artísticas:
    Em 2019, lançou o livro-obra “Não me lembro bem”, em colaboração com a Família Editions. O livro faz parte dos acervos do The Museum of Modern Art - MoMA (Nova Iorque), Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque), Museo Reina Sofía (Madrid) e Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), entre outros.

     

    Nos últimos anos, participou de residências artísticas em Nova Iorque (AnnexB), Maranhão (Chão São Luís), Lisboa (Triangle Network) e Pádua (Humus Interdisciplinary Residence).

    Coleções:


    Seu trabalho faz parte de importantes coleções, como:

    • Solomon R. Guggenheim Museum

    • Pérez Art Museum Miami

    • Fundación ARCO - CA2M - Centro de Arte Dos de Mayo de la Comunidad de Madrid

    • MASP - Museu de Arte de São Paulo

    • Itaú Cultural

    • MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo

    • MAR - Museu de Arte do Rio de Janeiro

    • MAM/RJ - Coleção Gilberto Chateaubriand

    • MAC/USP - Museu de Arte Contemporânea de São Paulo

    • Fundação Bienal de Cerveira

    • Museo de la Universidad de Tres de Febrero