Entendendo a arte como um patrimônio de investimento, algumas inseguranças podem vir à sua mente, como o medo de adquirir uma obra falsa ou uma que desvalorize. Se você é essa pessoa, certamente não está sozinho, pois cada vez mais pessoas estão adentrando neste universo que, mesmo durante a crise de pandemia, se manteve em ascensão. De acordo com o Relatório Global de Mercado de Arte 2022 da Art Basel e USB, o ramo atingiu US$ 65,1 bilhões em vendas agregadas em 2021, um aumento de 29% em relação a 2020. Portanto, de antemão, já podemos sinalizar vários pontos positivos que fazem do mercado de arte um ramo próspero e, consequentemente, um pouco mais seguro. Inclusive, sendo um bem tangível, a arte pode ser uma boa proteção contra a inflação. Afinal, seu valor não está vinculado ao desempenho do mercado de ações, podendo assim, fornecer diversificação e estabilidade em tempos de volatilidade.
Com tudo isso, ainda assim é preciso estar atento a alguns detalhes que farão diferença se consideradas no momento da sua compra.
Conteúdo do artigo:
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Como saber se a fonte da compra é confiável?
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O que avaliar no histórico do artista?
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Como eu posso treinar o meu olhar?
Como saber se a fonte da compra é confiável?
Vista da exposição “Aqui, agora”, de 2019, da artista Janaina Mello Landini
Infelizmente, falsificações de arte continuam sendo um risco real para os colecionadores, apesar de haver muito mais transparência no mercado atual. Para isso, a primeira dica é: desconfie de preços muito baixos. Pode parecer óbvio, mas muitos casos de fraude acontecem porque o comprador se encanta com uma proposta muito sedutora que veda seus olhos para qualquer desconfiança.
A segunda dica seria procurar uma galeria – que por si só já garante uma camada a mais de segurança – e avaliar sua experiência e renome. Sendo a galeria responsável por assegurar a procedência das obras, ela pode ser a melhor fonte de informações que te interessam.
O que avaliar no histórico do artista?
Vista da exposição “Aqui, agora”, de 2019, da artista Janaina Mello Landini
Ao se interessar por uma obra, é importante verificar também o portfólio do artista e observar se há uma coesão entre os trabalhos. Isso, além de refletir uma potência poética, pode ser um bom indício de que ele encontrou um caminho a continuar a ser trilhado. Claro que isso é algo que se adquire com uma maior experiência, sendo assim, mesmo que você se interesse pela obra de um artista mais jovem, é importante que ele apresente um volume denso de produção.
Veja também o currículo e se ele está ativo no circuito, pois isso indica um compromisso com sua carreira. Ou seja, pondere quais exposições ele já participou, se ele tem projeção internacional, se ele continua estudando, entre outros.
Por último, vale ressaltar que, mesmo sendo importante que você desvie seus recursos para investir em trabalhos conhecidos e amplamente aceitos, você também pode se interessar por trabalhos de artistas emergentes. Nesse caso, a lógica continua a mesma. Na Zipper, por exemplo, você encontra obras de artistas contemporâneos brasileiros e internacionais do mercado primário, que já possuem evidência e estabilidade em suas carreiras, portanto tendem a ter uma crescente.
Como eu posso treinar o meu olhar?
Vista da exposição “Aqui, agora”, de 2019, da artista Janaina Mello Landini
Para ter um olhar afinado, é preciso ter experiência não somente em compras, mas no circuito artístico como um todo. Visite museus e galerias, leia os textos dos curadores – que sempre estão disponíveis nas exposições – e livros sobre arte. Assim, naturalmente você também entenderá seu gosto particular e o estilo de obra com o qual você mais se identifica.
A partir disso, você pode se aprofundar no contexto e movimento em que as obras se inserem. Se for uma obra moderna, por exemplo, pesquise sobre o fragmento histórico, os artistas que produziram dentro dessas mesmas vanguardas, como e por quê esse movimento aconteceu.
Com essas dicas simples, certamente suas compras serão muito mais eficientes e seguras.
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