Aqui na Zipper, buscamos estar sempre adiante, e atuar como promotores de novos movimentos. Entendendo que um NFT não é só a virtualização do físico, mas um mundo novo com uma infinidade de possibilidades, desafiamos alguns de nossos artistas a estenderem suas práticas para esse universo, e lançamos esse ano, nosso site de NFTs.
O que você vai ver nesse artigo:
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O que são NFTs
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Artistas do site da Zipper
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A cultura do NFT
O que são NFTs
A sigla "NFT” vem do termo em inglês Non-fungible token, ou, em tradução livre para o português, Token não fungível. O token, a obra de arte no caso, funciona como um certificado digital, protegido por uma chave de uso exclusivo e pessoal, que utiliza a mesma tecnologia utilizada na criação das criptomoedas: a blockchain.
A palavra "fungível" descreve algo que pode ser substituído por outro da mesma natureza. Ficou confuso? Deixa que a gente explica. Dinheiro, por exemplo, é um token fungível, uma vez que não existe uma moeda ou uma cédula "autêntica". Todas elas são intercambiáveis e equivalentes; é possível trocar uma cédula de 5 reais por outra já que todas são iguais e têm o mesmo valor. Já o termo "não fungível" diz respeito a coisas que não possuem valor equivalente, mas sim valores próprios, específicos e individuais. Apesar de serem visivelmente iguais, uma obra de arte original e uma falsificada possuem valores diferentes. Não é possível trocá-las entre si. Cada obra, portanto, é única.
Artistas do site da Zipper
Por enquanto, cinco artistas da Zipper acataram o desafio, e criaram NFTs que iluminam suas respectivas visões artísticas. No site, você vê as sete obras que eles criaram, e entende o porquê da transição para o virtual—além do físico, há um mundo de possibilidades que dá vida às obras, dá luz à arte de um futuro não tão distante.
Os cinco novos artistas de NFT são:
Camila Soato — Queima (2021)
Camila Soato (Brasília, Brasil, 1985) vive e trabalha em São Paulo. Com uma pesquisa voltada para a apropriação de imagens encontradas na internet e relacionadas a um cotidiano banal, a artista brasiliense usa a pintura para explorar a conexão entre arte e vida, diluindo a imagem mítica que esta técnica carrega em seu histórico.
Flávia Junqueira — Levante (2021)
Flávia Junqueira (São Paulo, Brasil, 1985) lida principalmente com fotografia. O universo visual da infância e a construção de um imaginário sobre este período permeiam a obra da artista desde o início de sua produção.
Katia Maciel — Life is Life (2021); Timeless (2021)
Katia Maciel (Rio de Janeiro, Brasil, 1963) é artista, poeta e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Sua obra investiga o imaginário próprio das imagens em relações com a paisagem, os objetos e a palavra. Em seus vídeos e instalações, a influência do cinema é flagrante na escala, na poética do movimento, na inclusão do espectador.
Monica Piloni — Succubus (2021); Fonte (2021)
Em esculturas, objetos e fotografias, Monica Piloni (Curitiba, Brasil, 1978) distorce o corpo humano com desmembramento, omissão ou multiplicação de elementos, que geram uma forma perturbadora e não natural, muitas vezes mórbida. Seu trabalho, ao mesmo tempo, questiona a sexualização da figura feminina e instiga sensualidade, por meio de corpos nus distorcidos que repelem e atraem.
Marcelo Tinoco — Electropia de Verão (2021)
Marcelo Tinoco (São Paulo, Brasil, 1967) vive e trabalha em São Paulo. O artista intervém na imagem fotográfica com colagens, recortes e pinturas com pincéis digitais, compondo o que ele chama de “fotografia multidisciplinar”. Sua intenção é deslocar este suporte das funções de representação fiel da realidade para outros campos das artes visuais, como a pintura.
A cultura do NFT
Em março de 2021, a galeria Superchief foi a primeira a exibir arte virtual de forma física—usando telas digitais, a galeria vem exibindo 5 novos artistas por semana. Já o investidor Todd Morley, planeja abrir o maior museu de NFTs do mundo em Nova Iorque. E em maio deste ano, a modelo americana Emily Ratajkowski vendeu uma NFT de uma foto sua por 175 mil dólares.
Não há dúvida que o NFT tem peso no momento cultural que vivemos. Graças às NFTs, qualquer artista em qualquer parte do mundo pode vender sua arte para qualquer pessoa a qualquer momento. Se amplamente oferecida, é uma espécie de democratização do mercado. Mas talvez de forma mais significativa, NFTs sejam uma nova maneira de catalogar a arte. O carbono some, fica só a original, a virtual, com seu nome. À medida que a internet se aceita mais e mais como espaço por si próprio, as criações que ela propicia, apontam para um mundo contido nela mesma.
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