Há mais de 17 anos se dedicando à arte contemporânea, a obra e a pesquisa de
Willian Santos se constituem do acolhimento dos conhecimentos da natureza para
a sua expressão em exercícios da linguagem, criando pinturas, desenhos, objetos
e instalações site-specific que nos convocam a serem examinadas, e a trazerem à
forma o que está aquém delas como imagem.
Seu trabalho apresenta um dilatado repertório de assuntos sobre a vida, o meio
ambiente, a mitologia e a alquimia, não com a intenção de desmistificar o real,
mas de utilizar tais artifícios para torná-los reais de novo, e trazê-los à sua essência
esquecida, novamente perceptíveis como tal.
Através do movimento entre o natural e o cultural suas pinturas exibem um campo
aberto de interpretação, concedendo ao espectador um estado de presença e
pertencimento com o que ele precisa receber da obra no momento em que a
observa.
Em 2009 inicia o uso da encáustica (do grego enkausticos, gravar a fogo),
constituída de cera de abelha e pigmentos, resultando num processo singular
dentro deste ambiente. O que mais lhe apetece nisso tudo é o fazer, a alquimia
deste com outros materiais e as suas possibilidades de manuseio, numa
permanente busca pelo desconhecido, onde sempre há uma inesperada solução.