Já parou para se perguntar se as obras de arte brasileiras também são exibidas pelo resto do mundo? Embora não estejamos muito acostumados a ver, a arte brasileira tem muito destaque no âmbito internacional, e passa constantemente pelos museus mais importantes do mundo. Escolhemos então 4 artistas brasileiros, contemporâneos e modernos, expostos em 5 diferentes cidades—nos Estados Unidos, na Holanda, na Argentina, na Itália e na Inglaterra—que são reconhecidos como grandes nomes no mundo da arte. Quem sabe numa próxima viagem, você não se depara com a arte deles.
O que você vai ver nesse artigo:
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Tarsila do Amaral em Buenos Aires
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Ernesto Neto na Holanda
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Candido Portinari na ONU
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Maria Thereza Alves em Nápoles
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Sebastião Salgado em Londres
TARSILA DO AMARAL EM BUENOS AIRES
Uma das obras de arte brasileiras mais famosas, “Abaporu” de Tarsila do Amaral faz parte da coleção do Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires, o MALBA. Finalizado em 1928, o quadro tem importante papel no desenvolvimento do modernismo no Brasil. Abaporu, em tupi-guarani, quer dizer homem que come homem. Foi um presente de aniversário de Tarsila à seu marido Oswald de Andrade, e serviu de inspiração quando ele escreveu o “Manifesto Antropofágico''.
Era sonho de Tarsila que a obra fizesse parte do acervo do MASP, mas vendida e revendida inúmeras vezes, a obra acabou em mãos do colecionador argentino Eduardo Costantini em 1995. “Abaporu” foi enfim exposta no MASP em 2019, mas passa seus dias no MALBA em Buenos Aires.
ERNESTO NETO NA HOLANDA
O escultor brasileiro Ernesto Neto é um dos artistas em exibição na exposição “Calder Now” no Kunsthal Rotterdam na Holanda. A exposição explora a influência do escultor americano Alexander Calder (1898-1976) sob a arte contemporânea, e apresenta 20 obras de Calder junto a 10 outros artistas convidados. São peças enigmáticas e que desafiam a gravidade, experiências ópticas que transmitem o legado de Calder para o público.
Em suas obras, Neto sempre buscou explorar os limites dos espaços físicos e sociais, muitas vezes criando obras interativas, táteis e biomórficas. “Pra mim, mente e corpo são um, sempre unidos,” ele disse à revista BOMB, “nem os vejo como dualidades complementares, pois são completamente a mesma coisa. Eu acredito no corpo sensual, e é através do movimento de tais mente-corpos que nos conectamos neste mundo, nesta vida.” “Calder Now” fica em exibição até maio de 2022.
CANDIDO PORTINARI NA ONU
A sede da Assembléia Geral da ONU em Nova Iorque tem duas conexões brasileiras: O prédio em si foi desenhado, em parte, por Oscar Niemeyer, e duas das obras mais importantes na coleção de arte da Nações Unidas são os painéis de Candido Portinari. Titulados “Guerra e Paz,” os painéis foram um presente do governo Brasileiro à ONU. Foram pintados por Portinari no Rio de Janeiro e depois levados à sede da Assembléia Geral em 1957. Inacessíveis ao público até 2015, os painéis hoje podem ser vistos em visitas guiadas pelo prédio da ONU.
MARIA THEREZA ALVES EM NÁPOLES
No museu Madre em Nápoles, a exposição “Rethinking Nature” mostra como a arte contemporânea contribui, cultural e politicamente, com processos que nos fazem repensar as bases éticas das nossas vidas. A artista contemporânea brasileira Maria Thereza Alves foi convidada a participar da exposição, tendo em vista que seus projetos buscam investigar a influência do humano no natural. Reconhecida mundialmente pelo seu projeto “Seeds of Change: A Floating Ballast Seed Garden”, onde por 4 anos na cidade de Bristol na Inglaterra manteve um jardim germinado na areia a partir de sementes que encontrou em sua pesquisa, Alves ficará em exibição em Nápoles até maio de 2022.
SEBASTIÃO SALGADO EM LONDRES
Por 7 anos, Sebastião Salgado trabalhou com 12 comunidades indígenas, criando uma série de fotos que dão origem à exibição Amazônia. Expostas no Science Museum em Londres até Março de 2022, mais de 200 fotos retratam o olhar de Salgado em relação à floresta amazônica, que se encontra em um momento crucial em relação à preservação ambiental e as mudanças climáticas. A exposição é acompanhada por uma trilha sonora do compositor francês Jean-Michel Jarre. Amazônia já passou pelo museu MAXXI em Roma, e pela Philharmonie em Paris, e em 2022 virá para o Brasil—para o Museu do Amanhã no Rio e para o SESC em São Paulo.
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