Mercado de arte: quais as diferenças entre primário e secundário?

Fique por dentro da rota de valorização de uma obra de arte
Junho 13, 2024
Leonilson, O Que Eles Gostam, 1988
Leonilson, O Que Eles Gostam, 1988

 

O mercado de arte, à primeira vista, pode parecer um universo bastante difícil de compreender ou adentrar. Mas estamos aqui, desmistificando alguns conceitos e trazendo pílulas de conhecimento para você se familiarizar cada vez mais com o assunto. Neste artigo, vamos abordar os dois principais setores em que o mercado artístico se divide: o primário e o secundário. Compreender as diferenças entre eles é essencial para colecionadores e investidores se movimentarem com mais confiança como compradores de arte. 


Conteúdo do artigo:


 

Diferenças entre os mercados de arte primário e secundário

O mercado primário refere-se ao momento em que uma obra de arte é vendida pela primeira vez. Essas transações ocorrem diretamente entre o artista, ou sua galeria representante, e o colecionador. É neste momento em que é estipulado o preço inicial de um trabalho, levando em consideração o histórico de exposições do artista, o estágio de sua carreira, o tamanho e os materiais da obra, a demanda do público colecionador pelo artista, entre outros fatores. 


As galerias do mercado primário cumprem o papel de introduzir novos talentos ao circuito de arte. Elas trabalham, na maioria das vezes, com artistas vivos, organizando exposições e promovendo suas obras para atrair colecionadores. Este mercado é, em grande parte, dedicado a descobrir a “próxima grande novidade” e os artistas emergentes que estão começando a ganhar reconhecimento. Nesse sentido, há a possibilidade de conseguir valores mais acessíveis do que no mercado secundário. 


Abraham Palatnik, W-968, 2016


O mercado secundário, por outro lado, envolve a aquisição e venda de obras que já tiveram um proprietário anterior. Aqui, as transações são realizadas sobretudo por galerias especializadas e casas de leilão, que lidam com obras de artistas consolidados, que já possuem uma reputação.


Embora o mercado secundário tenda a ser mais caro, é uma opção atraente para aqueles que procuram fazer aquisições mais seguras, uma vez que as obras já passaram pelo crivo do tempo, foram assimiladas pelo sistema e têm um histórico de preço já estabelecido. 

 

Zipper Open

Geraldo de Barros, Sem Título, 1990


Uma ótima oportunidade para conferir obras do mercado secundário é visitar a segunda edição da Zipper Open, uma extensão da Zipper Galeria dedicada a este setor. A mostra, atualmente em exibição no segundo andar da galeria, dá foco para nove artistas contemporâneos brasileiros, trazendo um recorte bastante diversificado.

A exposição inclui trabalhos de Tunga, conhecido por suas alquimias exploradas em grandes instalações; Anna Maria Maiolino, vencedora do Leão de Ouro da Bienal de Veneza neste ano, cuja obra abrange temáticas políticas, de identidade e de gênero; Sandra Cinto, que cria paisagens naturais imaginativas por meio de desenhos delicados; além de Leonilson, com sua suas figurações intimistas e autobiográficas; e Geraldo de Barros, um pioneiro da arte concreta no Brasil, cujas obras investigam as relações entre forma e espaço. 


Programe sua visita: a exposição estará em cartaz até o dia 27 de julho, na Rua Estados Unidos, nº 1494, em São Paulo.
Vista da exposição Zipper Open. Crédito: Gui Gomes