Monumentalidade artística: confira 4 obras de grande formato na Zipper Galeria

Carolina Ponte, Ricardo Rendón, Daniel Mullen e Rizza são alguns dos artistas que se destacam nesta linguagem
Maio 22, 2024
Rizza, A Criação, 2020
Rizza, A Criação, 2020

 

Com atuação contemporânea e diversificada, a Zipper Galeria é conhecida por abranger diversas linguagens em seu acervo. Depois de apresentarmos algumas obras de pequeno formato, chegou a vez de nos concentrarmos em uma seleção de obras de grandes dimensões. Confira alguns destaques a seguir. 

 

Conteúdo do artigo:

 

Carolina Ponte, Sem título, 2011


A artista soteropolitana, atualmente baseada no Rio de Janeiro, traz para sua produção artística o frescor estético das paisagens que a cercam. Carolina Ponte tem como marca registrada a integração de práticas populares ornamentais ao contexto contemporâneo. Por meio de técnicas têxteis, como crochê e tapeçaria, ela dá vida a obras de padrões multicoloridos que, embora sejam fixadas na parede e observadas sobretudo frontalmente, superam a bidimensionalidade com forte inclinação instalativa. Um exemplo disso é a obra mencionada acima, com generosas dimensões de 285 x 375 cm.

 

Ricardo Rendón, Patrones de Obra, 2012

 

Ricardo Rendón, artista natural da Cidade do México, dispõe de uma ampla variedade de materiais, combinados com procedimentos industriais e artesanais, para pautar a desmaterialização dos objetos. Seu trabalho “Patrones de Obra”, que mede aproximadamente 220 x 380 cm, é composto por feltro industrial perfurado, uma técnica que Rendón iniciou em 2007 e se tornou uma das principais características de sua pesquisa artística. Os vestígios da ação – ou seja, as sobras dos recortes de feltro – são expostos próximo à peça, no chão, enfatizando o processo de criação da obra.

 

Daniel Mullen, Lemnos n.5, 2021

 

As pinturas em acrílica sobre linho do artista escocês Daniel Mullen podem, à primeira vista, parecer que foram concebidas digitalmente, devido à simetria de suas composições geométricas e ao efeito óptico causado pelas camadas translúcidas de tinta. Mas um olhar mais atento para suas telas revelam vestígios manuais na construção das imagens.

As repetições e tamanhos amplos das telas, que variam em cerca de 2 metros de extensão, são convidativas para mergulharmos pouco a pouco, camada a camada, em sua pesquisa cromática. 

 

Rizza, A Criação, 2020

 

A artista natural de Belo Horizonte, que vive em São Paulo, é conhecida por criar instalações que exploram a refração da luz e suas consequentes cores, especialmente com gradientes de tons primários. Propondo alterar a percepção do espaço e conectá-lo com seus visitantes, Rizza cria obras como “A Criação”. A instalação site-specific de 288 x 346 x 346 cm, é composta por espelho e alumínio que refletem a paisagem circundante, se integrando com o entorno a ponto de perder a distinção entre obra e espaço.