A artista Laura Villarosa, nascida em Palermo, Itália, em 1961, e atualmente residente em Niterói, Rio de Janeiro, tem sua obra centrada na revisitação das paisagens naturais. Utilizando técnicas têxteis e uma variedade de materiais, como fios, linhas, algodão e nylon, ela mescla pintura acrílica, aquarela e resina em suas composições.
As paisagens naturais ocupam o centro da poética da artista Laura Villarosa, que as revisita através da fusão de pintura com intricadas técnicas têxteis. Ao pensarmos em paisagem, talvez as primeiras associações sejam as categorias clássicas da pintura, defendidas pela academia das artes: Paisagem, Retrato e Natureza Morta. Mas a pesquisa de Villarosa desafia leituras óbvias — aqui, a Paisagem é totalmente reconfigurada, graças às técnicas empregadas pela artista.
A técnica de Laura Villarosa é tão complexa quanto a própria natureza que ela retrata. Em suas obras, que flertam com a abstração, Laura explora a paisagem de modo a revelar seu potencial simbólico e emocional. A artista mergulha no âmago da Terra, trazendo à tona sua beleza e, também, suas cicatrizes e marcas deixadas pela intervenção humana.
Cada traço, cada cor em uma obra de Villarosa é carregado de significado. Suas paisagens não são simples representações visuais, mas sim reflexões profundas sobre a relação entre o homem e o meio ambiente.
Sua prática artística abraça tanto uma ancestralidade expressada por meio de técnicas antigas quanto a responsabilidade contemporânea de moldar e desmoldar a paisagem. Em um mundo que parece estar constantemente em turbulência, suas obras oferecem um vislumbre de esperança e uma promessa de renovação.